

“Nós, nus e os outros” mostra que o ser humano se torna responsável por aquilo que é e pelos valores que ele mesmo cria, numa linha de consciência em que o conceito de liberdade é diferente do simples livre arbítrio, ou seja, é agir com liberdade, incorporada à responsabilidade. Na trama os personagens oscilam entre o lacrimejar diante da própria derrocada e a frustração latente diante do que não veio a ser bem concebido no desenrolar de suas vidas. Dante, Estelle e Íris são, respectivamente, farsa, sobrevivência e verdade desmoronadas ante um espelho gasto que são os outros.